A língua portuguesa comporta um conjunto de locuções e expressões fixas que não admitem variação. Trata-se de expressões cujo sentido deriva, não das partes de que são feitas, mas do todo. Por este motivo, não poderiam sofrer alteração.
Não é de todo raro, porém, que os falantes, seja por efeito da analogia, seja pelo desconhecimento do significado ou da classe gramatical de suas componentes, introduzam, nessas expressões, alterações que são condenadas pelas autoridades gramaticais como vícios de linguagem.
Na tabela abaixo, na coluna da esquerda, temos formas que, embora muitas vezes consagradas pelo uso, são consideradas inadequadas por autoridades gramaticais da língua portuguesa. A coluna da direita traz a forma recomendada correspondente.
FORMA CONDENADA | FORMA RECOMENDADA |
a dentro | adentro |
a grosso modo | grosso modo |
após + particípio passado: após realizado | depois de + particípio passado: depois de realizado |
raio X | raios X |
antes de mais nada | antes de tudo |
antes que tudo | antes de tudo |
departamento pessoal | departamento de pessoal |
ou sejam | ou seja |
enquanto a ele | quanto a ele |
a nível de | em nível de |
na surdina | à surdina |
a longo prazo | em longo prazo |
após ao | após o |
para atrás | para trás |