Embora a Língua Portuguesa se apresente predominantemente pela ordem direta (sujeito + verbo + predicado), é comum encontrarmos alguns termos em posições variadas na oração. É o que se entende por ordem inversa, na qual alguns termos são encontrados em combinação contrária ao esperado (ex.: verbo + sujeito = sujeito posposto).
Nas orações formadas por verbos unipessoais geralmente se constrói a oração invertendo-se a ordem entre sujeito e verbo, de onde o verbo passa a ocupar a primeira posição enquanto o sujeito é apresentado posteriormente ao verbo. Trata-se de um recurso estilístico, pois se pretende valorizar a noção expressa pelo verbo.
Os verbos unipessoais sempre se apresentam na terceira pessoa, variando o número (singular/plural) conforme a natureza do sujeito ao qual está ligado. Se o verbo não exigir um sujeito (oração sem sujeito), o verbo unipessoal sempre aparecerá na terceira pessoa do singular.
Se o verbo contar com um sujeito explícito na oração, esse sujeito pode ser posposto e deve manter a concordância com o verbo ao qual está ligado. São exemplos de verbos unipessoais: bastar, faltar, restar, acontecer e etc.
Exemplos:
ORAÇÃO COM SUJEITO EXPLÍCITO:
Faltam cinco dias para a Copa do Mundo! [Adequado]
ORAÇÃO SEM SUJEITO:
Observe que não foi apontado o uso inadequado da ordem do sujeito e verbo. Isso se dá porque é perfeitamente possível e aceitável a colocação desses termos na ordem direta da oração (ex.: Cinco dias faltam para a Copa do Mundo.).