se é composto e sem hífen, então não há flexão
medial. E esta é a única certeza que se pode ter na (eterna)
indecisão entre o uso de hífen ou a "colagem" direta:
se você sabe de antemão que um composto deve variar no meio (como em "
palavras-chave"
ou "
verdes-claros
(subst.)"), então este deverá ser grafado com hífen. A única exceção
seriam os
diminutivos em -zinho,
considerados compostos por alguns teóricos exatamente por sua variação
medial. Observe: o plural de "pãozinho/papelzinho" deve ser "p
ãezinho
s/pape
izinho
s",
não "
*pãozinho
s/papelzinho
s";
e o feminino de "anãozinho", "an
ãzinh
a", não
"
*anãozinh
a".
Infelizmente, a recíproca não é verdadeira, bastando confrontar "
guarda-chuvas/
mata-moscas" com
"
girassóis/
passatempos".
De qualquer forma, dificilmente temos tanta certeza quanto à (in)variabilidade
medial de um composto para que essa regra nos ajude no pouco em que
poderia. Entretanto, certezas absolutas à parte, o uso de hífen é mais provável
nos compostos
por justaposição
em geral, especialmente nos de formação mais recente e em neologismos.